O fim do mercado de Verão despoletou no Vassalo e no Silva uma discussão longa mas nunca entediante, com as opiniões apaixonadas de ambos a virem à tona como o azeiteiro a nadar numa piscina insuflável, servindo o Jorge como moderador e voz da razão. Ou pelo menos tentou, que moderar esta gente não é tarefa fácil mas…bem, só ouvindo (Dá para ver quem está a escrever estes intróitos, não dá?). Ainda uns bitaites sobre o Depoitre e uma advertência para o FJM na rubrica final, hoje chamada “Perfect Timing”.
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Bom dia Cavanis.
Este podcast está cada vez melhor. Comparativamente com o que podemos ouvir na ‘canalagem’ dos média televisivos e radiofónicos sobre o nosso FCP, é 10-0. Tirando o MG ao domingo naquele programa da 3… com tanta gente boa a comentar futebol (Clube do Porto), é uma pena.
Sobre o palntel, estou mais com o Silva do que com o Vassalo. O plantel não é curto. Não creio que fique atrás dos rivais. Tenho é muito receio que o ‘encurtem’ através de arbitragens FP que nos obriguem a correr o dobrodo que seria necessário correr aos nossos rivais ou nos castiguem jogadores-chave que ficarão impossibilitados de alinhar quando mais precisarmos. Depois é claro que as lesões, o desgaste natural de balneários, … são também factores relevantes mas menos importantes. A prova disto seria muioto fácil de obter: os carnidenses com esta equipa, este futebol e este treinador, não só já estariam a embandeirar em arco como seriam de novo campeões esta época. A diferença é que teriam os padres a providenciar a divina protecção ao plantel, i.e. a tal inclinação…. Lembrem-se de 2004/2005 ou de 2014/2016. Tinham um plantel de trampa. Portanto, na situação actual com mais reforços ou menos reforços, contratados, regressados ou promovidos dá no mesmo. Temos é que com o que temos, não cometer erros e dar-lhes o que merecem.
Sobre os ‘malditos’, se não amuarem, irão fazer um grande temporada (ML, DR, AA, SO,… o HH é que não, (é uma questão de zanga por ser o que os carnidenses mais me gozam pelo que fez já sabermos quando. Pelo menos até demonstrar que é o box-to-box que SC necessita). Depois os mais cépticos terão de reconhecer que o plantel até chegou. Uma condição necessária: que o mar azul não seque, ou seja não podemos entregar o ouro ao bandido com guerras intestinas.
Por fim sobre o ‘Perfect Timing’ do Silva. Subscrevo também. De qualquer forma penso que nós, sócios e/ou adeptos, também podemos ter um papel na denúncia do apito amolgado. Viram a reportagem que passou na TVI24 (eu vi na 2F à hora do almoço) sobre uns alegados mails que circularam entre um médico do Hospital de Coimbra, reformado, a ordem dos médicos e uns Indivíduos que se encontram à espera de operação para mudança de sexo. A TVI passou o denunciante em exclusiva entrevista (o FJM daquela malta), a entrevista ao médico ‘olhosnojolhos’ questionando-o sobre a veracidade dos mails por ele pretensamente enviados, o chefe de equipa da especialidade do HCoimbra e até o antigo bastonário (os Adão e Eva, ambos Mendes, Paulo Gonçalves, Gordo Guerra, Frankc Vargas, Gordo da AG da Federação, FG e todos os padres em geral, enfim todos os que estão metidos nesta pocilga cujo proprietário é o 1º ministro). Estes F. de 30 P. (esta paga direitos) não têm a mesma coragem de pegar o polvo pelos cornos como tiveram neste caso dos transexuais (nada contra, cada um…). Que tal uma campanha para inundar/entupir as caixas de e-mail da TVI exigindo a mesma investigação jornalística no caso do apito amolgado? Temos que ir para a batalha e ‘desinclinar’ os campos.
Mesmo para terminar que já vai longo. Os V. blogues, na minha opinião e já escrevi isto, são top entre o que frequento na bluegosfera (onde é que eu já li isto?…). Bem escritos, com frequentadores em quantidade e qualidade que muito bem exprimem as suas opiniões através dos comentários. A sério, o FCP deveria, a título simbólico, atribuir um dragão de ouro a este “exército complementar de reserva” que tão bons serviços presta ao nosso clube. O CédC é apenas a cereja no topo do bolo.
1 abç e viva o FCPorto.
Luís Oliveira
Permitam-me o meu rant…
Ainda estive indeciso se haveria de postar na tasca do Silva, na Porta19 ou para os lados do Vassalo aproveitando o desabafo do “Para quê?”. Na verdade, seja no contexto do rant da jornada 7.1 seja do que o Jorge escreveu, fico satisfeito por finalmente ler e ouvir de forma mais sistemática aquilo que mais me preocupa.
Somos uma massa adepta diferente em algumas coisas, quer pela nossa história quer pelas contingências do ecossistema em que vivêmos. Não há mal nenhum nisso e não é por cada portista nascer sempre em lua cheia mas porque quer queiramos quer não, o ambiente obriga-nos a adaptar (e condiciona) o pensamento e temos ainda muito impregnada a herança cultoral quer de Pedroto quer dos tempos áureos de Pinto da Costa e da postura de ferro e fogo da equipa em campo. Um pouco ao estilo do Sérgio, talvez.
Ao início entusiasmou-me esta história dos emails. Achei que finalmente tinham sido apanhados com a boca na botija e que pudesse voltar a haver equidade, mas agora já quase que preferia que nada tivesse vindo a lume precisamente porque cada vez mais me custa ver e seguir o futebol. Dia após dia somos espicaçados com decisões , atos, comentários e comunicados que são profundamente revoltantes.
E, tal como referiram neste último episódio, simplesmente detesto esta cultura do contra tudo e contra todos. Não é que me incomode o espírito conquistador, peito feito, e a motivação do discurso mas, acima de tudo, acho (finalmente alguém o disse!!!) que é um ato de cumplicidade e conivência com os roubos que somos vítimas (nós e outros) todos os fins de semana. Esquecem-se de uma coisa essencial: podemos e devemos ser exigentes com nós próprios mas temos também de ser exigentes com os outros ou nunca nos respeitarão.
E esse é o problema: não temos respeito. Nem vamos ter. Porquê? Porque aceitamos viver num contexto de inequidade, diria quase extrema. Somos “bullyzados” por um benfica e deixamos andar. Faz parte. Aceitamos como uma inevitabilidade. E, no fim, porque a lei das probabilidades assim o dita, corremos o risco elevado de perder. De ficar em segundo ou terceiro. E é nessa altura que começamos a disparar contra os padres e, ainda mais, contra a SAD que não contratou quem devia, que geriu mal o clube, estoirou o guito todo e por aí fora. O treinador não pôs os jogadores ou a tática certa. Basta ler a maioria dos comentários nos fóruns e blogs dizem por estes dias. A culpa é, essencialmente nossa. Estou farto.
E sabem o que é o pior de tudo isto? É que já é tarde demais porque a cultura está de tal forma enraizada em Portugal que toda a gente, seja Portista, benfiquista ou adepta de outro clube aceita tacitamente que o benfica corrompa tudo e todos. É aceitável que manipule e faça tráfico de influências. Que minta e provoque. Que chegue ao cúmulo (como este último comunicado do Bernardo) de, sendo ele o expoente máximo da manipulação e coação com provas factuais, televisivas e escritas, ainda venha dizer que são os outros que o fazem. Chamam às provas “insinuações”. Uma desfaçatez revoltante e sem pudor. Tudo isto atingiu um estado de ‘normalidade’. É a tara da balança e está a todos os níveis, seja pelas decisões dos VAR, Meirins e afins seja mesmo a nível cultural. Os adeptos não só aceitam este desiquilíbrio como o consideram a medida justa, ou seja, se num dado momento, num jogo ou fora dele em que o benfica participe é tomada uma decisão justa, o status quo considera como em prejudício do clube.
A medida justa está, efetivamente, no benefício ao benfica.
E somos todos coniventes porque se alguma alma se conseguir abstrair minimamente do país em que vive, consegue imaginar que, a partir do momento em que saiem provas de que o benfica através do seu presidente ou de outro elemento da direção, por exemplo, fez coação e tráfico de influencias para alterar notas de árbitros ou acesso a informação priveligiada, rapidamente chega à conclusão que não é aceitável permitir que o benfica compita sem que o tema seja esclarecido (de tão óbvio que é).
Não sei dizer qual a solução, mas garanto que não é seguramente a fazer as mesmas coisas. Venha o Sérgio, o Neymar e o Messi para a equipa. Não chega. Há sempre um VARíssimo a quilhar tudo. E no final a culpa é da SAD, do treinador e dos jogadores. Nossa, basicamente. Estou farto.
PS: gostei muito dos comentários do Sérgio na conferência de imprensa com as alusões à discrepância de critérios do VAR no jogo do slb-Braga e slb-Portimonense. É bom saber e dizer que não estamos a dormir. Mas….e então? Não seria de formalmente questionar e exigir resposta? Passamos a vida a pregar no deserto…
Santos
que bela prosa, Santos! nem sei por onde começar, por isso não o vou fazer por escrito mas estás na calha para o próximo arranque do Cavani!!! e este episódio vai muito de encontro ao que dizes, se ainda não ouviste…força!
um abraço!